#highPOP: E esse comodismo, Anitta? Cadê o poder?

Lembro claramente do boom da Anitta: SHOW DAS PODEROSAS! Pirei em ver uma artista brasileira ousada, entregando um clipe enxuto e moderno, com influências internacionais, muita coreografia e execução impecável. É, mas ficou só nisso…

Desde o primeiro single, a super girl carioca tem errado em todas as suas produções audiovisuais. O último exemplo é o vídeo da música “No Meu Talento”, extraída de seu último disco de inéditas. Bem, não ficou bom não. Embora consiga se sair melhor que “Na Batida”, que é divertido e só, fica bem distante do que ela pode oferecer e decepciona em todos os sentidos. O roteiro, repleto de buracos, traz uma Anitta sensual, mas não tanto assim.

O produto peca em exatamente não explorar o melhor da cantora, o sex-appeal. Percebo uma tentativa de reposicionamento da imagem da moça, o que não tem funcionado muito bem. Anitta tá ficando genérica e sem graça, perdendo o “it” que fazia dela a performer mais tesuda do país. Uma pena, por que a gata tem um potencial incrível.

De volta ao clipe, temos MC Guimê, que faz uma ponta na produção e é completamente descartável. Nota-se que ele só aparece por ser, tal como ela, um nome em alta no cenário brasileiro. E só. É decepcionante que, no caso de Anitta, seus videoclipes tenham tanto investimento e tão pouco empenho em fazê-los de uma forma eficaz e funcional. Tantos artistas brasileiros têm bem menos alcance e nos entregam produções muito melhores. Falta uma dose de calma para não fazer tudo às pressas – e muita força de vontade!

Fica a pergunta: Conseguem fazer um paralelo com empresas, produtos ou marcas? Eu, sim. Claramente. Fica a reflexão! Até a próxima.